CANTINHO DO SÁBIO

CANTINHO DO SÁBIO

Neste espaço estão reservados contos, fábulas e parábolas que poderão ser utilizadas para momentos de reflexão, atividades educativas, reuniões de professores ou em muitas atividades conforme o momento e a criatividade de cada um. Sucesso!!!

JUNHO DE 2011

O MONGE MORDIDO

     Um monge e seus discípulos iam por uma estrada e, quando passavam por uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas. O monge correu pela margem do rio, meteu-se na água e tomou o bichinho na mão. Quando o trazia para fora do rio o escorpião o picou. Devido à dor, o monje deixou-o cair novamente no rio. Foi então à margem, pegou um ramo de árvore, voltou outra vez a correr pela margem, entrou no rio, resgatou o escorpião e o salvou. Em seguida, juntou-se aos seus discípulos na estrada. Eles haviam assistido à cena e o receberam perplexos e penalizados.
     — Mestre, o Senhor deve estar muito doente! Por que foi salvar esse bicho ruim e venenoso? Que se afogasse! Seria um a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda: picou a mão que o salvava! Não merecia sua compaixão!
     O monge ouviu tranqüilamente os comentários e respondeu: Ele agiu conforme sua natureza e eu de acordo com a minha.

Fonte : http://paxprofundis.org/livros/parabolas/parabolas.html

***********************************************************************************

JUNHO DE 2011

A arte de ser feliz

Por Cecília Meireles - "A arte de ser feliz"


Houve um tempo em que minha janela se abria sobre uma cidade que parecia ser feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma regra: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor. Outras vezes encontro nuvens espessas. Avisto crianças que vão para a escola. Pardais que pulam pelo muro. Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais. Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar. Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega. Às vezes, um galo canta. Às vezes um avião passa. Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino. E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que as coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para vê-las assim."

***********************************************************************************

JULHO DE 2011

As mensagens deste mês de julho se encontram nos links abaixo. Além destas, estão disponíveis outras fábulas e conteúdos interessantes.Vamos refletir?!!


***********************************************************************************
AGOSTO DE 2011

O burro que vestiu a pele de um leão
Do livro: Fábulas de Esopo - Companhia das Letrinhas
Um burro encontrou uma pele de leão que um caçador tinha deixado largada na floresta. Na mesma hora o burro vestiu a pele e inventou a brincadeira de se esconder numa moita e pular fora sempre que passasse algum animal. Todos fugiam correndo assim que o burro aparecia. O burro estava gostando tanto de ver a bicharada fugir dele correndo que começou a se sentir o rei leão em pessoa e não conseguiu segurar um belo zurro de satisfação. Ouvindo aquilo, uma raposa que ia fugindo com os outros parou, virou-se e se aproximou do burro rindo:
- Se você tivesse ficado quieto, talvez eu também tivesse levado um susto. Mas aquele zurro bobo estragou sua brincadeira!
Moral: Um tolo pode enganar os outros com o traje e a aparência,
mas suas palavras logo irão mostrar quem ele é de fato.
Créditos:www.metaforas.com.br/infantis/oburroquevestiu.htm